O que podemos observar?
Lua
A Lua, satélite natural da Terra, é o objeto astronômico de grande porte mais próximo da Terra e um dos mais belos astros possíveis de se observar. Através de um telescópio, podemos apreciar as crateras e planícies lunares e o contraste causado pela sombra da parte escura da Lua sobre essas crateras. De fato, a Lua é tão grande no céu que cobre quase todo o campo de visão do telescópio quando está cheia, sendo portanto mais agradável de ser observada quando está na fase minguante ou crescente.
Sol
Durante as observações diurnas o astro-rei é o único objeto que pode ser observado. Através do telescópios, que são equipados com filtros especiais para deixar uma fração diminuta da luz, conseguimos observar uma esfera laranja quase perfeita, e que eventualmente possui algumas manchas escuras – as manchas solares. Nessa época o Sol apresenta ciclos de atividade que duram 11 anos, e atualmente se encontra em baixa atividade, o que significa que ele possui poucas manchas. Porém a tendência é que sua atividade volte a crescer nos próximos anos.
Planetas
Através dos telescópios, é possível observar em detalhes os planetas do Sistema Solar, em especial Marte, Júpiter e Saturno. Vênus e Mercúrio, pelo fato de estarem muito próximos ao Sol, só são visíveis próximos ao horizonte e em poucas épocas do ano. Já Urano e Netuno, os planetas mais distantes do Sol, são pequenos pontos azulados quando vistos ao telescópio.
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Marte
Marte é o quarto planeta mais distante do Sol (o próximo depois da Terra). Também é conhecido como planeta vermelho, devido à sua composição rica em óxido de ferro, que tem um tom avermelhado.
Através dos telescópios, vemos um pequeno ponto avermelhado. Em condições mais propícias também é possível ver as calotas polares esbranquiçadas ao sul do planeta.
Nesta época do ano Marte está se ponto bem cedo, impossibilitando sua observação. Ele voltará a se fazer visível no horário das nossas observações por volta de agosto de 2020.
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Júpiter
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tendo um raio quase 6 vezes maior que o da Terra. É um planeta gigante gasoso, o que significa que ele é composto majoritariamente por gases como hidrogênio e hélio. Júpiter é característico pelas faixas de diferentes colorações na sua atmosfera: as zonas (faixas claras) e os cinturões (faixas escuras). O gás nessas diferentes faixas possuem velocidades opostas, o que causa turbulência e tempestades gigantes. A principal dessas tempestades é conhecida como Grande Mancha Vermelha de Júpiter, e é visível ao telescópio!
Outro atrativo de Júpiter são suas quatro luas galileanas: Ganimedes, Europa, Io e Calisto. Através dos telescópios podemos ver quatro pontos brilhantes ao lado de Júpiter. Vez ou outra é possível observar o trânsito (eclipse) de algumas dessas luas pelo disco do planeta.
Júpiter estará visível no céu durante as observações até outubro de 2019 e só voltará a ficar visível a partir de junho de 2020.
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Saturno
Saturno é o sexto planeta em distância ao Sol. É conhecido principalmente pelos seus anéis, que são facilmente visíveis através de um telescópio. Com os nossos equipamentos, podemos inclusive distinguir as divisões entre os anéis. A lua Titã, segunda maior do Sistema Solar (só perde para Ganimedes), e algumas outras luas menores, também são visíveis.
Saturno estará visível até novembro de 2019 e só voltará a se fazer presente no céu por volta de julho de 2020.
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Vênus
Vênus é o segundo planeta em distância ao Sol. Também é conhecido como Estrela d’alva, por ser um dos objetos mais brilhantes do céu noturno, ficando atrás somente do Sol e da Lua.
O fato de a órbita de Vênus ser menor do que a da Terra faz com que Vênus apresente fases, assim como a Lua. Através do telescópio, Vênus geralmente se parece com uma Lua crescente (ou minguante), a não ser quando ele está em seu ponto mais distante, virado de “cara” para nós, e portanto está na fase cheia, ou quando ele esta em seu ponto mais próximo e deixa de ser visível.
(Agora você deve se perguntar porque os planetas com órbita exterior à da Terra não apresentam fases como Vênus 🙂 ).
Também pelo fato de ser interior à Terra em sua órbita, o máximo ângulo que Vênus atinge no céu é 47º. Esse ângulo é chamado de máxima elongação do planeta. Em termos práticos, isso significa que Vênus sempre estará a meia altura no céu, próximo ao horizonte.
Vênus é raramente visível no céu durante nossos horários de observação. Ele se fará visível apenas em meados de 2021 no começo da noite.
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Mercúrio
Por ser o planeta mais próximo do Sol, Mercúrio dificilmente pode ser visto no céu. Sua máxima elongação é de apenas cerca de 23º, ou seja, quando aparece ele está bem próximo do horizonte e provavelmente uma árvore, montanha ou parede impossibilitará sua observação. Um fenômeno astronômico bastante interessante que acontece com Mercúrio (e também com Vênus) é seu trânsito através do Sol, como o que aconteceu em novembro de 2019. No entanto, trânsitos planetários são bastante raros, e o próximo trânsito de Mercúrio será apenas em novembro de 2032.
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Urano e Netuno
Urano e Netuno são os planetas mais distantes do Sol. Suas órbitas possuem 2.8 e 4.5 bilhões de quilômetros respectivamente. Eles estão tão longe, de fato, que sua existência foi ignorada pelos seres humanos até que em 1781 William Herschel descobriu Urano enquanto investigava o céu com seu telescópio e em 1846 Netuno foi decoberto através de cálculos matemáticos feitos independentemente por Johann Gottfried Galle, Urbain Jean Joseph Le Verrier e John Couch Adams.
Através de um telescópio, Urano se parece com uma bolinha azul minúscula, e Netuno mal pode ser distinguido de uma estrela. De qualquer forma, é incrível poder apreciar mundos tão distantes, e isso é possível no Observatório da UFSC em noites propícias.
Aglomerados de estrelas
Nebulosas
Galáxias
Estrelas